Os documentos mais antigos são o manuscrito da “Carta de Bolonha” e o “Poema Régius” ou “Manuscrito Halliwell”. E a Ordem Real de Heredom de Kilwinning do Brasil do Rito de Heredom apresenta um dos exemplos mais concretos que é o Poema Regius, escrito em 1390 e só foi descoberto em 1839. Esse manuscrito ficou perdido quase quinhentos anos. E foi descoberto por um pesquisador profano. Tendo sido escrito na última quadra do século XIV, embora em forma de poema, e em latim. Ele representa um marco histórico que merece e deve ser estudado.
O POEMA RÉGIO – 1390
O descobridor desse raríssimo documento foi James O. Halliwell Phillips, antiquário e bibliotecário inglês, nascido em 1820 e falecido em 1889. Deve-se a esse profano, um imenso favor, um débito de eterna gratidão, pelo seu trabalho prestado a Ordem Maçônica, com a descoberta dos manuscritos do Poema Régio. Esse manuscrito estava erroneamente catalogado com o título de “Um Poema dos Deveres Morais”, o qual naquela época, não passava de uma Constituição Maçônica.
Este documento é datado de 1390, apenas quarenta e quatro anos após a fundação da primeira sociedade maçônica, estabelecida por Henry Yavelle. Depois da petição dos Irmãos Yavelle, esse é o mais antigo documento, até hoje conhecido. Ele ficou conhecido como “Poema Régio”, ou “Manuscrito Régio”, talvez por seus títulos estarem escritos em latim e em versos. Porém, em homenagem ao seu descobridor, tornou-se, também conhecido como “Manuscrito de Halliwell”.
Esse documento foi publicado em 1840, em uma brochura intitulada “On the introduction of Free Masonry in to England”.
O nome original do manuscrito, escrito em latim era: “Hic incipiunt Cosntitutiones Artis Geometriae secundum Euclidem” – “Aqui estão os princípios das Constituições da Arte da Geometria de Euclides”.
O documento é composto de várias partes que contém lendas, episódios bíblicos, descrições de artes e normas. A sua leitura faz-nos concluir que propósito principal é transmitir as normas, regulamentos ou estatuto do ofício de Franco-Maçom e da corporação. O texto cita o Rei Athelstan (924-939) como o estimulador da criação dessas normas, menciona que ele convocou um encontro de maçons para que fossem estudados e definidos as leis, regras e preços do ofício. Nele, a Maçonaria é mencionada como Geometria.
Uma interpretação adjacente sobre o texto, feita por alguns estudiosos, vê nele como tema recorrente ou motivo central a apresentação do Oficio de Construtor como uma atividade nobre, ligada à realeza e à aristocracia. Por isso, seria atribuído à Maçonaria o título de Arte Real.
O Poema Regius possui uma parte manuscrita e composta de quinze estrofes, ou quinze itens iniciais. Tem também uma segunda parte que é composta de quinze artigos, em versos chamados de Artigos Constitucionais.
O original desse manuscrito está guardado no Museu Britânico.
POEMA RÉGIO E CARTA DE BOLONHA
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